Um diretor de um ministério na Turquia disse que os refugiados que estão em campos e que se converteram ao cristianismo estão sendo obrigados a esconder sua fé da comunidade muçulmana. Ele trabalha com a“Christian Aid Mission”, uma organização de missão estrangeira e sem fins lucrativos que ajuda a mais de 500 ministérios no exterior, incluindo alguns na Turquia, hospedando até 3 milhões de refugiados sírios. Ele optou por permanecer anônimo por razões de segurança.
Muitos dos refugiados na Turquia são da Síria, mas houve vários ataques terroristas no país e até mesmo um golpe contra o governo, sem sucesso. "A situação é sombria para os refugiados no país", disse ao site de notícias The Christian Post em uma entrevista.
“Ainda assim, os refugiados que chegam estão abertos ao cristianismo”, disse ele. "Nós ganhamos a confiança dos refugiados, eles ficam muito felizes em nos receber em suas tendas", pontuou.
Ele disse que mais de 120 pessoas aceitaram a Cristo e cerca de 20 foram batizadas. "Eles precisam esconder sua fé dos outros. São obrigados a viver sua religião em segredo", disse o diretor, acrescentando que os cristãos são tratados como infiéis.
A vida nos campos de refugiados é difícil. Muitos estão em necessidade diária de alimentos, água potável, fraldas e outras necessidades. O diretor ainda disse que o ministério que ele faz parte, ajuda cerca de 8 mil refugiados. Cerca de 45% dos refugiados não querem voltar para a Síria.
Pacote de ajuda
A Turquia vem tentando acomodar um grande número de refugiados, muitos deles estão fugindo da guerra civil e do terrorismo. Isso levou a União Europeia (EU) a anunciar um pacote de ajuda de 393 milhões de dólares (o equivalente a mais de 1 bilhão e 300 mil reais) na semana passada para o “Programa Alimentar”, das Nações Unidas. Esta é a maior soma de dinheiro que a UE já financiou para fins humanitários.
Fonte: Cpade News