Missionário se recusa a deixar comando de hospital no Iraque: "Deus está trabalhando"

Durante sete anos bastante tumultuados, Matthew Nowery foi sustentado por sua incrível fé, enquanto trabalhava na organização  cristã Samaritan's Purse, no norte do Iraque. Ele que antes atuava para curar o terrível dano causado pelo Estado  Islâmico, desde que invadiram Mosul em 2014, agora foi promovido para diretor nacional do projeto no Iraque. Atualmente, Matthew vive em Erbil com sua esposa, Sarah e seus filhos, Ezra e Macy.

Não é uma vida fácil. Matthew, que se juntou à organização em 2005 e passou cinco anos trabalhando com a Igreja perseguida no Sudão, pesquisando e documentando as atrocidades cometidas contra os cristãos pelo governo do norte, diz agora que se apaixonou pelo povo iraquiano. "Embora não entendamos por que essa mágoa aconteceu, sabemos que Jesus os conhece e os ama. É difícil. É um lugar extremamente difícil de trabalhar”, compartilhou.

Seria bem difícil de imaginar como Matthew teria sobrevivido no trabalho sem sua fé inspiradora. "Nossa família está envolvida com o povo do Iraque há quase oito anos, e temos visto que o que Jesus faz neste país é sem precedentes. Temos visto a mão de Deus trabalhar de forma inexplicável. Embora seja difícil, somos chamados e Deus está nos permitindo o privilégio de ser luz aqui. É um lugar extremamente difícil de trabalhar, mas vou dizer que os pontos positivos ultrapassam os negativos”, contou.

Comprometidos

“Minha esposa e eu não trocamos isso por nada. Estamos comprometidos em permanecer e ajudar enquanto Deus nos permitir". Apesar de Mosul ter sido liberto das forças do Estado Islâmico, segundo os oficiais do Iraque, a região permanece em estado de desespero. "Haverá um pensamento de que agora que Mosul foi declarado livre e que a guerra acabou, as pessoas vão voltar sua atenção para outro foco. Eu só quero lembrar a todos que os iraquianos precisam da nossa ajuda agora mais do que nunca", diz o missionário.

"Muitos, se não a maioria dos cristãos, não podem voltar para casa, porque suas casas não estão lá, e seria uma tragédia se afastar. Quero, por favor, lembrar a todos o quão importante é esse trabalho agora", alertou.

Cerca de 80 mil refugiados cristãos iraquianos fugiram de Mosul e da planície de Nínive sob ameaça de conversão ou execução forçada, quando os cristãos iraquianos foram expulsos de suas casas pelo avanço do Estado Islâmico no verão de 2014. Agora, o governo do Iraque declarou Mosul livre do grupo terrorista, mas, como Matthew explicou por telefone para o site Christian Today, no terreno "ainda há ataques aéreos do EI" causando grandes danos.

Fonte: Guia-me