Região da Capadócia. Este é um nome que tem importância tanto geográfica quanto histórica. É uma ampla área da Turquia central. A região foi sucessivamente uma satrapia (província) persa, uma satrapia do Império Macedônio, o Reino da Capadócia e uma província romana. Essa região está historicamente e biblicamente relacionada com a primeira epístola de Pedro.
Essa porção da Ásia Menor no tempo dos apóstolos, dividia-se em duas províncias romanas, Ponto e Capadócia. É uma região plana, cortada por cadeias de montanhas. Havia judeus da Capadócia em Jerusalém entre os ouvintes do primeiro sermão de Pedro (At 2.9). Provavelmente foram eles os primeiros cristãos da região.
Entre os atrativos turísticos do local estão as chamadas “cidades subterrâneas”. Essas escavações antiquíssimas em rochas foram usadas pelos povos do local milênios atrás; Durante a perseguição aos cristãos por parte dos muçulmanos durante muitos anos foram o refúgio dos cristãos, que viviam escondidos sob a terra.
Segundo os historiadores, haviam diferentes grupos cristãos que se reuniam no local. Ainda é possível visitar suas extensas passagens, túneis, poços e corredores que ligam os quartos das famílias e os espaços comunitários.
Havia chaminés para a circulação do ar, nichos para candeeiros a óleo, reservatórios de água e depósitos de comida. Chama atenção as portas em forma de mó, desenhadas para bloquear os corredores em caso de ataque, que só se podiam mover de um dos lados.
As características distintivas da região são resultado de fenômenos vulcânicos e da erosão. Muitas das formações rochosas dos vales foram habitadas, com verdadeiras cidades sendo edificadas ali.
Existiam cerca de 400 igrejas na região, muitas delas já desmoronaram, mas outras tantas podem ser visitadas. As mais antigas são do século VI, embora a maior parte seja dos séculos X e XI. Ainda restam em bom estado de conservação 11 mosteiros, cada um associado a uma pequena igreja cavada na rocha. Algumas dessas estruturas tem vários andares de altura. Os diferentes níveis dos monastérios estão ligados por túneis e portas em forma de mó, idêntico aos encontradas nas cidades subterrâneas.
O que mais chama atenção na visita a esses locais é como os cristãos resistiram a sucessivos ataques dos muçulmanos. Infelizmente, a Turquia hoje é 99% islâmica. Em muitos lugares existe perseguição a cristãos, especialmente os evangélicos.
Embora a Turquia se declare um país laico, os cristãos de grupos tradicionais (armênio, grego, siríaco e igrejas católicas) são todos monitorados constantemente e estão sujeitos a limitações por parte do governo. Seus membros são considerados “estrangeiros”, pois não seguem a religião predominante.
Há vários relatos de cristãos convertidos de origem muçulmana, que sofrem diferentes foras de perseguição. Eles são considerados “traidores” da identidade turca. Muitos grupos evangélicos mantêm igrejas subterrâneas, não no sentido literal que viviam seus antepassados, mas da mesma maneira resistem à perseguição.
Depois de todos esses dias viajando com um guia de origem muçulmana, ele disse querer conhecer mais da Bíblia e entender por que pessoas do mundo todo vem até aqui para ver o que os apóstolos fizeram nesse país. Como ele fala português, deixamos de presente uma Bíblia e ele permitiu que fizéssemos uma oração por sua vida.
Embora em pouco tempo nesta nação, foi possível ver que os mais jovens estão ocidentalizados e não querem a radicalização islâmica que o governo está impondo. Existem cerca de 75 milhões de turcos. Interceda por eles e por nosso guia!
Fonte: Prime
