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Última atualizaçãoSeg, 04 Out 2021

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Amor na prática

“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:10).O apóstolo João escreve isto em sua primeira epístola, e em seu evangelho assinala que “a Lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1:17). Portanto, a vinda de Jesus ao mundo foi a real manifestação do amor de Deus, um tempo de graça e misericórdia no modo de Deus tratar com o homem.

Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo mostra que, em sua primeira vinda, Jesus não veio julgar ou condenar os homens, mas salvá-los. Ele escreve: “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens… Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele fossemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5:19-21).

Se Cristo tivesse vindo no mesmo caráter em que voltará, estaríamos perdidos. Em Apocalipse João o descreve como Juiz: “Seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas… e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor” (Ap 1:14-16).

Quando Cristo voltar, não virá manso e humilde, como um Cordeiro disposto a morrer por pecadores. Ele virá como o inflexível Juiz para condenar seus inimigos. Em Apocalipse ele se declara “o Alfa e o Ômega… o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1:8), a mesma expressão usada para Jeová no Antigo Testamento. Ele é o Criador, o “princípio da Criação de Deus” e o “Amém”, ou seja, em quem convergem todas as coisas. E para mostrar a unidade entre o Antigo e o Novo Testamento, e sua relação permanente com o povo de Israel, ele é chamado de “o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi” (Ap 3:14; 5:5).

Todo-Poderoso, o rosto como o sol, uma espada saindo da boca, a voz como de um estrondo, pés como o bronze numa fornalha, e olhos como chama de fogo. É este Juiz que você irá encontrar se não crer no Cordeiro que foi morto em seu lugar. Para quem tem a Jesus como Salvador, o acesso à presença de Deus está garantido. Para os demais resta “tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!” (Hb 10:27).

 Mario Persona


Um Cristão Feliz "Charles Haddon Spurgeon"

Partes de um sermão de Charles Haddon Spurgeon, traduzidas e adaptadas pelo Pr. Silvio Dutra.

“O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.” (Isaías 58.11)

É muito importante que nossa pregação deva, por vezes, dar descrições de cristãos em um estado de fraqueza espiritual. Muitos há, nesta condição, que quando descrevemos os seus sintomas, eles podem chegar a conhecer a sua condição, e pela graça divina serem levados a ter o desejo de fugirem disto. Os remédios adequados sendo apontados, e sendo o cristão fervorosamente exortado à sua utilização, tenho a certeza de que tal ministério que descreve o estado doentio da experiência do cristão será considerado útil. Mas eu às vezes penso – e eu acho que você também, que tal pregação quando se detém continuamente sobre corrupção interna e a baixeza inata do coração é muito susceptível de levar os homens a pensarem que deve ser sempre assim com eles. A prevalência de incredulidade, depressão de espírito, apostasia e indiferença para com as coisas celestiais se torna crônica, e eles ficam tão familiarizados em refletir sobre este tipo de pregação, que o consideram como um estado em que um homem cristão pode muito bem ser encontrado.

Agora, quando os homens chegam a pensar assim, tal ministério fez-lhes uma grave lesão. Quando eles se gabam de que eles superam seus companheiros na experiência humilhante de suas próprias paixões pecaminosas. Quando eles ficam orgulhosos das coisas que deveriam levá-los a se envergonhar e começam a olhar para baixo sobre os outros que falam de alegrias santas e liberdades graciosas como meros recrutas do exército dos quais eles são os veteranos, então eu digo que o ministério tem sido venenoso para eles e as descrições de concupiscências carnais e diabólicas que eles ouviram promoveram uma imaginação miserável! Em vez de instar-lhes a lutarem contra o pecado, os sermões que ouviram apenas balançaram o berço de sua preguiça, dizendo-lhes “paz, paz”, quando não há paz.

É uma melhor coisa a fazer, manter com frequência diante do olho do cristão o retrato de um crente em um estado saudável – para permitir que todos os que pertencem à Igreja entendam que não é necessário que sejamos fracos na fé, ou que nossas mãos devem ser frouxas e os nossos joelhos vacilantes.

Existe um estado mais santo, mais feliz e mais exaltado da fé triunfante, de doce comunhão, e de fervor santificado! E tal estado é atingível, e deveria ser atingido por todos os cristãos! E quando alcançado deveria ser a sua ambição constante nunca retroceder dele. Tendo uma vez que sido colocados sobre o monte elevado pela mão divina, deveriam sempre orar para serem mantidos lá, para louvor e glória da Graça de Deus.

Nós temos a esperança, de que por meio deste texto possamos ser capazes de retratar o cristão que está em seus momentos mais felizes! Quando a luz do Senhor brilha ao redor dele! Quando as visitações do Espírito Santo o refrigeram, e quando ele se alegra em Deus de todo o coração!

“O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.” – Isaías 58.11

As pessoas que estão cheias do Espírito de Deus são descritas como possuindo orientação contínua. “O Senhor guiará constantemente.”

O caminho da doutrina, às vezes é difícil. Aquele que entende a Verdade Divina vai, tenho a certeza, ser levado a confessar que ele não sabe tudo. É somente o homem que nada sabe sobre a Verdade de Deus que pensa que ele pode torcer as doutrinas e dizer o que é ortodoxo e o que é heterodoxo. O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, muitas vezes se aproxima de uma declaração da Palavra revelada com temor e reverência, querendo saber qual é a mente de Deus sobre ela.

Há um caminho que o olho da águia não viu, e a penetração do intelecto não pode descobrir, que o filhote de leão não tem pisado – mas se nós esperarmos em Deus, Ele vai nos mostrar o caminho!
Deixe o coração ser constantemente mantido ao pé da Cruz, e deixe o Espírito Santo orvalhar com a Sua influência sagrada e, embora nós possamos, por um pouco de tempo, através da nossa falta de capacidade mental, não conseguir compreender a verdade, não será por muito tempo. O Espírito Santo leva-nos a toda a verdade, e, portanto, o texto deverá ser cumprido, “O Senhor o guiará continuamente” seja com relação as questões de Providência ou a questões de instrução doutrinária.

Assim será igualmente em matéria de experiência espiritual. Nossa experiência muitas vezes parece ser como se não tivesse nenhuma regra. Há método na loucura de alguns homens, mas parece como se não houvesse nenhum método em nossa experiência. Hoje estamos na montanha, abençoados por Deus com plena segurança. Amanhã nós estamos nos vales sob a sombra escura, perguntando por quê, e perguntando se Deus se esqueceu de ser gracioso. O nosso caminho tem sido como o de Israel no deserto, quando o Senhor o conduzia – mas ainda acrescente-se que Ele o guiou e instruiu.
Cristão, Deus não te deixou em sua peregrinação terrena, sob a orientação de um anjo! Ele próprio vai liderá-lo!

A segunda bênção prometida no texto é a satisfação interior. “Satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol.”

Vocês veem que o texto diz que ele ficará satisfeito em épocas de seca, e realmente é assim, pois nos piores momentos de aflição o cristão está ainda satisfeito, porque a graça de Deus o capacita a isto.
A próxima bênção é saúde espiritual e felicidade. “E fortalecerá os seus ossos.” O vigor tem sido colocado em sua constituição, onde era mais necessário. Seus ossos foram renovados e fortalecidos. Oh, é uma coisa grande quando a alma está assim em saúde espiritual, quando os ossos estão fortalecidos! Você sabe o que isso significa, cristão? É quando você toma uma promessa e esta é aplicada com o poder, e você pode se alimentar dela! Quando você toma um preceito e sente a força concedida, pela graça de Deus, para cumpri-lo!

A alma está purgada de seus vícios, doenças, e incredulidade, orgulho, preguiça, e coisas do género. Há vigor aqui – não tibieza, nem frouxidão, nem indiferença.

Há crescimento – o homem não está atrofiado – ele acha que tem que chegar à perfeição, e não pode, portanto, parar onde está. Seus ossos crescem fortes. A satisfação interior parece ser expressada na figura. O homem está feliz, perfeitamente feliz! Ele está sempre alegre. Ele não emagrece com preocupações, mas engorda com o óleo da alegria.

A quarta bênção é que você será como um jardim regado. Esta figura de um jardim é muito doce e atraente. Tal jardim precisa de cuidados constantes, e, embora possa ser mais belo numa estação do que em outra, ele nunca será como uma terra selvagem totalmente desprovida de encantos.

O Jardineiro Celeste se regozijará com suas flores e frutos.

Quando o Espírito Santo visita o povo de Deus, eles são como um jardim que é regado todos os dias. Eles são verdes e florescentes, e suas graças são uma honra para Deus que os alimenta.

Mas, se o Espírito Santo é tirado do meio deles quão diferente é! E se Ele for totalmente retirado de nós – que, graças a Deus, ele nunca será – nós deveríamos ser apenas como o deserto do qual fomos tomados.
Cristão, como tudo depende da rega do Espírito, você precisa ser regado constantemente pela graça de Deus! Oh, não confie que você pode estocá-la, pois irá falhar, uma vez que a rega deve ser diária segundo o decreto de Deus! Não confie no que sua alma pode encontrar dentro de si mesmo como sendo a sua própria sabedoria e força, ou você será enganado! Vá ao Senhor e ore para que você pode ser regado diariamente com a graça como um jardim.

Além disso, há a bênção da força continuada, pois é prometido que Deus fará que você seja “como uma fonte cujas águas nunca faltam.” Há poços no Oriente que nunca secam e que trazem a inscrição: “águas que não mentem”. E assim o cristão verdadeiro nunca enganará aqueles que necessitam de sus graças, porque sempre terá muita Graça divina, todos os dias e continuamente. Quando um amigo cristão espera encontrar a Graça nele, ele não deve se decepcionar. Ele deve ser abençoado pela sua conversa. Ele deve ser encorajado por seu santo exemplo. Uma fonte de água não é dependente de nada além de si mesma. E o mesmo acontece com o cristão! Deus providenciou na aliança uma profundidade de água viva! Esta é uma das bênçãos pronunciadas sobre os filhos de Israel.

Eu não sei como algumas pessoas que acreditam que um cristão pode cair da Graça, conseguem ser felizes. Deve ser uma coisa muito louvável que eles sejam capazes de passar um dia sem desespero. Eu creio na doutrina da perseverança final dos santos, e o texto nos afirma isto pois é dito que o crente é como um manancial cujas águas nunca falham. A fonte de água que jorra para a vida eterna, que flui no interior dele, nas palavras do próprio Cristo.

Saiamos e regozijemo-nos porque temos dentro de nós uma vida que nunca pode morrer! Porque temos algo dentro de nós que pode nos satisfazer no pior dos tempos! Porque Deus está conosco, para ser o nosso guia e nosso querido amigo! Sendo os filhos favorecidos do Céu, e os herdeiros da imortalidade, vamos comer o nosso pão com alegria! Vamos suportar nossa presente pobreza material com esperança! Façamos alegres nossos momentos de provação com santa alegria!

 

Silvio Dutra

Os textos aqui apresentados não refletem a opinião do Canal Cristão do Sul.

Quem Ama mais a Cristo?

Parte de um sermão de Charles Haddon Spurgeon, traduzidas e adaptadas pelo Pr Silvio Dutra.

“Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários, e outro cinquenta.
E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.” – (Lucas 7.41-43)

Quando começamos a vida cristã é muito natural que digamos para nós mesmos: “Não quero ser um cristão de segunda categoria, ou um cristão comum – muito menos viver como os crentes de Laodicéia, nem frio nem quente, ou, como aqueles de quem o apóstolo João escreveu: “Saíram de nós, mas não eram dos nossos.” Eu gosto de ver a santa ambição do jovem convertido que deseja dar muito fruto para a glória de Deus – amar a Cristo muito e manifestar o amor em cada possível ato de devoção a Ele.

Todos nós devemos ser salvos da mesma maneira. Por maiores que sejam os nossos desejos de nos destacarmos mais do que outros na corrida cristã, devemos começar a carreira sendo salvos exatamente da mesma maneira como os outros são.

Então, em segundo lugar, vou tentar mostrar que Cristo vai nos ajudar a aumentar o nosso amor se tivermos um profundo sentimento de nossa própria pecaminosidade.

Há a mesma porta de entrada para nós como aquela que foi aberta para o principal dos pecadores, pois não há diferença entre um pecador e outro aos olhos de Deus, quanto ao plano de salvação. Pode haver muitas diferenças em outras questões, mas, na questão da salvação, não há nada que coloque um homem em uma posição diferente de outro, ou o que lhe permita ser salvo em qualquer outra forma que não a de uma mesma maneira que Deus estabeleceu para salvar os pecadores.

Você percebe, na parábola diante de nós, que ambas as partes estavam em dívida – “um devia-lhe quinhentos denários e o outro, cinquenta” – mas estavam ambos em dívida. Então, se alguns homens mergulharam na imundícia e se contaminaram, e poluíram suas vidas, eles estão certamente em dívida de quinhentos denários. Mas se os outros foram mantidos livres de atos explícitos de transgressão, ainda assim, seus corações se desviaram de Deus e uma vez que, com os seus desejos, e com os seus lábios, e em muitos aspectos mesmo em suas ações, quebraram sua santa Lei, eles também estão em dívida. Ainda que sejam cinquenta e não quinhentos, eles estão em dívida.

Não há ninguém entre nós que possa estar diante do Altíssimo, e dizer-lhe: “Nada devo à sua justiça porque nunca violei suas justas Leis.” Qualquer homem que o dissesse seria um mentiroso, e a verdade não estaria nele.

Nós também aprendemos com a parábola que, embora ambas as partes estivessem em dívida, nenhum deles tinha alguma coisa com a qual pudesse responder à sua responsabilidade – “eles não tinham nada para pagar.” Se tivesse apenas que pagar cinquenta, todavia não tinha sequer um centavo dos cinquenta necessários para saldar a quanta devida.

Este é o nosso caso meus amados irmãos – nada temos para pagar. Tudo o que tivéssemos já seria devido a Deus. Se houvesse quaisquer ativos, eles não iriam pertencer a nós e não há nada em reserva – nada que possamos esperar, que venha a surgir, no fim da vida, com a qual todas as nossas antigas dívidas possam ser eliminadas.

Nos termos da Lei de Deus, não há nada para nós, senão uma dívida! E mesmo se tivéssemos o poder de pagar as nossas dívidas antigas, outras novas em breve iriam engolir todo o nosso capital. Mas nada temos com que saldar as nossas dívidas antigas, pois: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua força, e com toda tua mente; e ao próximo como a ti mesmo,” continua sendo a demanda diária de Deus sobre nós.

E aqui está a glória da misericórdia de Deus em lidar com os pecadores que creem em Jesus. Na parábola dos dois devedores, somos informados de que o credor perdoou livremente a ambos, tanto que Ele não disse a nenhum deles, “Eu vou definir um certo tempo e você me pagará.” Oh, não, ele perdoou a ambos – limpou a conta por completo! Ele nada lhes pediu, porque sabia que não tinham como lhe pagar. Ele lhes perdoou, diz o texto, francamente, isto é, livremente.

Ele não olhou para qualquer dignidade em qualquer um deles, ou esperou qualquer coisa da sua parte, senão que agiu com um ato de puro favor gratuito, porque tinha prazer na benevolência para com seus devedores pobres.

É como se lhes dissesse: “Vão para casa. Eu nunca vou apresentar o montante de suas dívidas novamente. Eu as tenho riscado do meu livro contábil para sempre.”

Agora, isso é o que o Senhor, em Sua infinita misericórdia, faz em relação a todos os pobres pecadores que vêm e confiar em seu Filho Jesus Cristo. Ele lhes dá um recibo completo, pois há Aquele que pagou a dívida para eles! Glória a Seu nome – foi paga na íntegra!

Mas, na medida em que estamos preocupados, o Senhor não nos dá o perdão por causa de nossas lágrimas, ou orações, ou arrependimentos, ou até mesmo por causa de qualquer mérito da nossa crença – mas Ele nos perdoa livremente. E Ele não nos perdoa, porque Ele acha que, no futuro, deveremos melhorar em relação ao passado, durante nossa jornada aqui embaixo. Mas Ele nos perdoa livremente, “segundo as riquezas da sua graça”, passando pela iniquidade, pela transgressão e pelo pecado, e não se lembrando da maldade do Seu povo, “porque tem prazer na misericórdia.”

Agora, em segundo lugar, quero mostrar-lhe como nossas vidas podem se tornar mais intensas do que a vida de muitos outros cristãos professos através de um amor mais fervoroso do que o deles. Para atingir esse fim, devemos ter um sentido profundo do nosso próprio pecado. “Qual deles o amará mais?” “Suponho que aquele a quem mais perdoou.”

Suponha que o homem que devia quinhentos denários pensava que devia somente cinquenta. Ele não amaria o credor que o perdoou mais do que aquele que realmente devia cinquenta. Não foi o montante perdoado, como você vai facilmente observar, que foi a causa do maior ou menor amor – foi a consciência do montante – a realização de sua grandeza, que seria a causa do maior amor! Eu não tenho dúvida de que existem alguns muito grandes pecadores que foram perdoados, que ainda não amam a Cristo muito e, por outro lado, há alguns que, no julgamento dos homens e, talvez, no julgamento de Deus, que não sejam grandes pecadores, que, no entanto, amam mais a Cristo – a razão de ser disso é que esses maiores pecadores nunca tiveram um profundo senso da enormidade do pecado como estes, comparativamente falando, menores pecadores tiveram.

É, queridos amigos, um profundo senso de nossa pecaminosidade, juntamente com a consciência perfeita de nosso perdão, irá trabalhar em nós um intenso amor a Cristo.

Permitam-me ainda dizer que qualquer pessoa que tenha sido perdoada muito deveria, certamente, ter o maior e mais forte motivo para amar a Cristo. Você não pode sempre dizer como o amor vem para o coração. Eu não nego o dever do amor, mas o amor não vem apenas como um dever. Você ama sua mãe, ou você ama sua esposa e é seu dever fazê-lo, mas você não poderia amá-las simplesmente por ser isso um dever! Você faz isso por causa do impulso natural dentro do seu coração que o move a amar. De modo semelhante, o amor ao nosso Pai Celestial e a Cristo é, sem dúvida, um dever, mas é muito mais do que uma mera questão de dever. Isso é uma esfera fria para o amor viver e ela logo fica longe das regiões de clima tropical do Jardim do Getsêmani e do lugar chamado Calvário.

 

Pr Silvio Dutra

 

Todos os textos aqui apresentados não refletem a opinião do Canal Cristão do Sul.

A CHAMA DEVE SER MANTIDA ACESA

Quando a dispensação da Lei – ou Velho Testamento, foi inaugurada nos dias de Moisés, os serviços de culto no tabernáculo começaram depois que veio fogo diretamente do céu, e acendeu a lenha que se encontrava sobre o altar dos holocaustos, cabendo dali por diante, aos sacerdotes, manterem aquele fogo aceso continuamente.

De igual modo, quando a dispensação da Graça – ou Novo Testamento, foi inaugurada por nosso Senhor Jesus Cristo, veio o fogo do Espírito Santo, desde o céu, não para queimar alguma lenha, senão para purificar e encher de poder os próprios discípulos do Senhor, que estariam encarregados, dali por diante, em propagar a mensagem do evangelho.

A incumbência de manter este fogo do Espírito aceso na Terra, mais especificamente nos corações dos servos do Senhor, não foi dada aos anjos, mas aos próprios crentes.

Eles não devem permitir que o fogo do Espírito Santo seja apagado em suas vidas e na Igreja, e a “lenha”, o combustível, que o manterá aceso é a meditação e prática da Palavra de Deus, aplicada às suas vidas pelo Espírito Santo.

A Palavra do evangelho não foi produzida na Terra, mas nos veio diretamente por uma revelação do céu, por meio do Senhor Jesus Cristo.

Assim a vida espiritual que há nos discípulos do Senhor, se move neles pelo Espírito Santo, em conformidade com a prática desta palavra revelada.

Por isso diz o apóstolo que não devemos procurar esta nossa nova vida espiritual buscando as coisas que são terrenas, senão as que são celestiais e divinas (Col 3.1-4).

É nas coisas celestiais e espirituais que deve estar concentrado o nosso pensamento, para que possamos receber o crescimento na graça que procede de Deus.

Como a nossa mente estava naturalmente inclinada para as coisas deste mundo, antes da nossa conversão, e não podia entender as coisas espirituais que são discernidas espiritualmente, há portanto uma necessidade de que ela seja renovada pelo Espírito, segundo a Palavra da verdade.

Nós morremos para os rudimentos do mundo, quando nós cremos em Cristo, e a nova natureza celestial que nós recebemos está escondida em Cristo, em Quem nós devemos buscar o crescimento desta nova natureza espiritual.

 

Silvio Dutra

Palavra: Velho X Novo

Jesus diz a eles uma parábola: “Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para a coser em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão; Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão” (Lc 5:36-39).

Esta parábola explica a impossibilidade de se misturar Lei e graça. O contexto aqui é a comparação que os fariseus fazem entre os discípulos de João Batista, que pertencem à velha ordem de coisas, e os discípulos de Jesus, que o recebem com a alegria de uma noiva na companhia de seu noivo.

É impossível fazer os princípios da graça se encaixarem no velho sistema da Lei. Não se tira um pedaço do novo para costurar no velho; a graça e a Lei nunca poderão andar juntas. De igual modo ninguém colocaria vinho novo, ainda em fermentação, em um velho saco de couro que guardou vinho velho e já não tem a elasticidade necessária para o novo. O vinho novo precisa ser colocado em um odre novo para que ambos se conservem.

O que é novo tem uma energia que é destrutiva quando em contato com a velha ordem de coisas. Sempre que alguém tenta juntar Lei e graça acaba ficando sem nenhuma delas: a Lei deixa de ser Lei e a graça deixa de ser graça. O cristianismo é algo completamente novo que vem de uma revelação direta de Deus. Não é um conjunto de regras, ordenanças, cerimonias, objetos sagrados, clero, templo, altares e tantas coisas que faziam parte da antiga dispensação dada a Israel.

Mas será que o homem quer a “roupa nova”? Será que ele aprecia o “vinho novo”? Não, e a prova disso é que a maioria das religiões cristãs não passa de adaptações do judaísmo, com maior ou menor grau de elementos judaicos costurados em sua adoração, ofícios e instalações. Jesus complementa seu discurso dizendo: “E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho” (Lc 5:39).

Sem dúvida, a velha ordem de coisas do legalismo judaico é mais adequada ao homem no seu estado natural. Mas a graça é sobrenatural. É apenas pela fé que alguém consegue enxergar que a graça é tão adequada a Deus quanto ao novo homem. Mas o homem, em sua carne, irá perguntar: “O que posso fazer? O que não posso fazer?”. Por ainda não ter em si a nova vida, ele irá se apegar ao velho sistema da Lei, do tipo “Faça isso!”, “Não faça aquilo!”, que é mais condizente com sua velha natureza. Por isso ele dirá: “Melhor é o velho”.

 

Mario Persona


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